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08/01/2006 - 16h05
Decreto islâmico proíbe nudez completa em ato sexual no casamento
CAIRO, 8 jan (AFP) - Um decreto (fatwa), que proíbe cônjuges de se despirem completamente durante o ato sexual, gerou uma grande polêmica entre os doutores egípcios da lei islâmica, a 'charia'.
"Estar completamente nu durante o ato sexual invalida o casamento", sentenciou em um decreto religioso o xeque Rashar Hasán Jalil, ex-reitor da faculdade de Charia da Universidade de Al Azhar, a mais célebre do islã sunita.
Sua opinião desatou uma grande controvérsia entre os teólogos na rede de televisão por satélite "Dream" e em artigos do jornal independente Al-Masry Al-Yom.
O chefe do comitê de fatwas da Al Azhar, Abdullah Megawer, considera que os esposos podem se olhar quando estão nus, mas desde que evitem a visão dos órgãos sexuais. Por isso, lhes recomenda que façam amor cobertos por uma manta, lençol etc.
Sem ser tão radical como o xeque Hasán Jalil, a diretora do departamento feminino dos estudos islâmicos em Al Azhar, Soad Saleh, afirmou para a "Dream" que não é proibido ficar completamente nu e o ato também não invalida o matrimônio, mas os cônjuges devem evitar tirar toda a roupa conforme os bons modos e pelo exemplo do Profeta.
Apesar do enfoque moralista, Saleh afirma ser partidária de tudo que cerca e faça os cônjuges se amarem.
Felizmente para alguns como Abdel Mooty, um famoso sábio da charia e membro do centro de estudos islâmicos, não há nada proibido durante o ato sexual, exceto a sodomia.
Segundo ele, nenhum texto sagrado impede as pessoas de ficarem nuas ou de olharem o corpo do cônjuge quando fazem amor.
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